A última semana foi novamente corrida devido a trabalhos da faculdade e por isso o blog ficou sem post sobre materiais educativos. No entanto, as leituras diárias continua(ra)m a todo vapor – na campanha pessoal de diminuir o número de textos a ler no Pocket de 400 a menos de 100 até o final do ano. Nesta semana, reencontrei a mídia programática no intuito de compreender melhor como funciona e quais são suas propostas/desafios, além de buscar conceitos e práticas acadêmicas para problemáticas do mercado. Tem que ler!
Mídia Programática: O que é e como funcionam as plataformas – por Vinícius Ghise
Não é a primeira vez que falo sobre mídia programática aqui no blog (menos falo e mais escuto, na verdade). Ainda assim, faço questão de divulgar esse texto do Vinícius Ghise, no qual ele explica como funciona cada etapa, vertente e processo que envolve o uso de mídia programática. A explicação é muito esclarecedora, mas não se acanhe em ir aos comentários para tirar quaisquer dúvidas sobre o assunto – afinal, ainda é um processo muito novo e de difícil compreensão para o mercado brasileiro, que precisa amadurecer bastante.
Mídia programática é uma maneira programada de comprar e vender mídia através de ferramentas. O processo automatizado elimina alguns fatores que dão morosidade ao negócio, como negociação humana entre anunciante e publisher, inclusões manuais de anúncios e outros problemas. A principal forma de compra e venda do inventário se dá por meio de um sistema de leilão, em que o anunciante que der o maior lance conseguirá o espaço.
Programmatic Advertising & How It Can Drive Your PPC Forward – no Search Engine Land
Agora que você já sabe o que é mídia programática (e mais ou menos como funciona), esse texto ajuda na compreensão de por que utilizá-la como estratégia de negócio. Spoiler: o grande diferencial, além da praticidade na automação, é a riqueza de dados que essa tática proporciona.
Programmatic can also drive your PPC program forward because of the value of the data it provides. Programmatic is rich in data. For instance, learning the interests, likes, dislikes, geographical location and gender of customers can help determine keyword buying and ad messaging strategies. Using programmatic data to inform your overall paid search strategy can provide a competitive advantage and improve results.
Branding programático: comunique-se sob demanda – por Rodrigo Junco, no IAB Brasil
E se o assunto programático realmente te interessou, recomendo a leitura desse texto. Nele, o autor faz uma reflexão sobre o uso da compra de mídia programática como estratégia de branding – uma prática comum no mercado internacional. Pensando nisso, ele explica como a utilização estratégica dos dados dessa tática pode beneficiar a comunicação assertiva com o cliente ao longo prazo.
Mercados mais maduros estão usando cada vez mais automação nas impressões para os consumidores que estão verdadeiramente em seu público-alvo com a capacidade de controle de alcance e frequência por meio de cada ponto de contato digital. Segundo pesquisa da Econsultancy, 62% das marcas líderes mundiais nos EUA e Reino Unido estão comprando mídia programática para objetivos de branding, com a expectativa de aumentar esse orçamento em 37% nos próximos dois anos. No Brasil, o desafio das agências continua sendo atrair mais mentes orientadas por dados analíticos em funções de marketing, que têm sido fortemente demandados em busca da excelência nos resultados.
A estrelinha foi pro céu
Na semana passada o Twitter perdeu um dos seus membros mais importantes: a estrela de favoritar. Embora o fandom tuitero não tenha curtido o que acreditaram ser a Facebookização da plataforma, um olhar mais analítico explica que o a mudança para um coração tem uma proposta estratégica que se relaciona diretamente com o modo como os humanos interagem com o formato.
- #RipStar: saem as estrelas de favoritos, entram os corações de curtir no Twitter
- Behind Twitter’s Move From Stars to Hearts
Redes ou mídias sociais?
Na faculdade, um dos (poucos, infelizmente) livros que li sobre o ambiente virtual foi um da Raquel Recuero no qual ela explica que não são redes sociais, mas sites de redes sociais. Por algum tempo, tive a preocupação de falar corretamente, mas logo deixei isso de lado e acabei aderindo ao senso comum de tratar redes sociais e mídias sociais como a mesma coisa. Nesses textos que selecionei, os autores explicam o que diferencia esses dois termos – embora não seja tão simples assim, ainda mais com o surgimento de plataformas fechadas como Snapchat e Periscope.
- E se eu disser que o Facebook não é uma Rede Social?
- Qual a diferença entre redes sociais e mídias sociais?
Handling social media crises – por Ana Canhoto
Existe uma citação “informal” do Tarcízio Silva que diz: “Existem dois tipos de analistas de mídias sociais. Os que aproveitam ferramentas/teorias das universidades e os ruins.” Nesse post da pesquisadora Ana Canhoto, ela traz um resumo útil de um artigo produzido por ela e outros profissionais da academia que procura auxiliar os profissionais de SAC 2.0 a fazer uma gestão o menos “danosa” possível de uma crise no ambiente online.
The large number and variety of social media platforms, the volume of content available, and the spreadability of social media content, make this a difficult task. However, it is also true that consumers do not post on every single social media platform. Rather, they tend to favour some platforms over others, and this may vary by industry and country. Likewise, consumers use different social media platforms for specific activities, for instance talking about positive experiences on Facebook, but negative ones on Twitter. This means that firms need to focus on those platforms that are particularly relevant for their customers, and which reflect their behaviours and preferences.
Buyer Persona: Como criar, exemplos e template para download – por Vinícius Ghise
Quando li alguns materiais sobre marketing de conteúdo (e automação de marketing), senti falta de uma explicação mais “palpável” de como definir (bastante comentadas) personas. Nesse texto, além de explicar o conceito por trás de personas x público-alvo, o autor ainda disponibiliza um questionário prático de como criar essas personas – um fator extremamente importante principalmente para a estratégia de inbound marketing (e marketing de conteúdo).
Buyer persona é uma representação semi-fictícia criada para direcionar uma estratégia de comunicação a um segmento muito específico de público. Esta estratégia pode ser dividida em várias frentes de trabalho, mas tem com objetivo inicial compreender e solucionar as dificuldades de uma audiência específica, que pode vir a consumir os produtos e serviços desta organização. Este método de trabalho ajuda na compreensão exata da maneira como esta audiência se comunica e consome conteúdo, contribuindo para uma estratégia personalizada de acordo com as suas necessidades e seu estágio de entendimento em relação às necessidades.
Content is still king, but community management is queen – por Christina Miller, no Digiday
Uns dias atrás eu li este post no Social Media Today (baseado num artigo chamado “Content Is Crap, and Other Rules For Marketers”, do Harvard Business Review) e fiquei com um pé atrás – como assim, conteúdo não tem valor? No entanto, após a leitura complementar do Digiday, entendi a afirmação do artigo. Vale a reflexão (e o debate)!
Content is king, but content can’t talk back. When someone complains in the comments about a piece of content, community management is there with the antidote. When someone wants more information about a product, community management is there to answer. When someone professes his or her love for your brand, community management is there to thank them and amplify the sentiment.
You’re Thinking About Social Media ROI All Wrong – por Kevin Shively, no Simply Measured
Return of Investment, ou ROI, é um dos pontos principais a se analisar para as estratégias online – que diz respeito, numa analogia simplória, ao lucro obtido pelo investimento inicial. Nesse blog post do SM, o autor apresenta a problemática do Social Media ROI, explica as duas formas mais comuns para explicá-lo (uma muito simples e outra muito complicada) e apresenta a solução (ou uma recomendação de solução) para o problema.
Social media is a marketing function. Whether it feeds top-of-the-funnel brand awareness, mid-funnel conversions, or customer satisfaction and lifetime value, we can’t talk about Social ROI until we address the Social Attribution problem. For the most part, social marketers are missing a huge piece of the puzzle when it comes to attributing traffic, conversions, and sales to social media, because we can’t see exactly where a lot of traffic actually came from.
Dicas úteis (e práticas) de Social Media
Pra finalizar, separei sete posts (sendo cinco do Simply Measured, mas prometo que não é ação patrocinada) com dicas úteis que qualquer Community Manager (ou Social Media, se a sua empresa não tiver essa distinção) podem utilizar em suas práticas de estratégia online. São coisas simples, mas que podem ajudar a abrir os olhos para alguma ação importante a ser utilizada.
- 5 Twitter Hacks Your Brand Should Use
- 7 Instagram Hacks That Will Change How You Post
- 6 Facebook Hacks for Your Brand to Try
- 6 Instagram Testing Strategies for Social Marketers
- Como aumentar o alcance de posts no Twitter, Facebook e Instagram
- 5 Critical Pieces of Social Marketing Advice
- 7 Insights for Social Media Success from Industry Experts
[…] o que me parece muitas vezes separado pelas próprias estruturas: a academia e o mercado. Já citei o Tarcízio Silva num tweet que ele fez sobre isso e aqui ratifico a minha posição de que a universidade tem muito […]