Daí que tentando escolher um novo e-book do Scup para leitura, me deparei com esses dois guias – um básico e outro rápido. Por curiosidade – e aceitando a premissa de que todo tipo de conhecimento é válido – aceitei ler as 28 páginas que os compõem, no total. Quando menciono o número de páginas, não estou querendo desmerecer o material, mas ratificar o quanto eles podem ser eficazes por resumirem a pequenos pontos algumas das práticas e conceitos cada vez mais destrinchadas dentro da área de marketing digital. Pegando tudo que há nesses dois guias e multiplicando por 1.000 (a 100.000, a depender dos casos), temos todo o trabalho que é feito estrategicamente planejado para as mídias sociais atualmente.
O primeiro guia, intitulado “Como pequenas empresas podem fazer grandes negócios com o Facebook?” (eu sei, meio cafona, mas poderia ser pior), é bastante focado: apresenta ao pequeno empreendedor um passo-a-passo de como iniciar as operações no Facebook. E, como já vi aqui em e-books mais densos, é o básico essencial de sempre: saber qual é o intuito da presença digital, pensar estratégias de comunicação, procurar se relacionar bem com o seu público e medir suas ações no digital (lembrando, sempre, que o grande trunfo do online é a possibilidade de mensuração do conteúdo e da receptividade). É claro que, em casos maiores, tudo isso se complexifica exponencialmente, mas, a meu ver, quando chegamos ao cerne da questão, isso deve ser a base de tudo.
7 dicas simples que vão orientar o seu negócio a se estabelecer no Facebook
- Defina seus objetivos e crie a sua página – quais são seus objetivos? gerar negócios? relacionar-se com seus clientes e potenciais compradores? informar o público sobre seus produtos e serviços?;
- Saiba o que dizem sobre você – fundamental para identificar oportunidades de negócio e saber como e quando se relacionar com seus clientes;
- Participe de grupos e discussões – assim, você poderá: conhecer os interesses e necessidades do seu público, encontrar oportunidades de oferecer seus produtos e serviços e identificar influenciadores;
- Relacione-se – fique atento ao feedback dos seus clientes. Você pode usar o Facebook para atender reclamações e sugestões, melhorar sua oferta e evitar crises;
- Envolva a sua comunidade – além de gerar vendas diretas, o Facebook é um ambiente propício para engajar pessoas e criar uma comunidade envolvida com o seu negócio. Publicar conteúdo interessante e útil é uma excelente forma de fazer isso;
- Considere investir em ads – em alguns casos, investir em posts pagos pode impulsionar as vendas, mas, cuidado: o investimento em ads não pode ser sua única estratégia. Esse é apenas mais um elemento de sua estratégia;
- Acompanhe resultados – ficar de olho nos índices sobre as atividades no Facebook permitirá aprimorar gradativamente a estratégia.
O segundo guia, “O que publicar no Facebook? 13 ideias de posts inspiradoras”, é praticamente um complemento do material anterior. Aqui, é importante ressaltar que o Scup não traz regras de criação de conteúdo para fanpages (cada caso é um caso), mas apresenta alguns tipos de posts que, empiricamente, comprovaram ser eficazes no desafio de capturar a atenção das pessoas. É claro que, além disso, é preciso de todo um processo de reconhecimento do seu público, compreender o que ele deseja que seja repassado através da sua marca e como eles desejam que isso seja transmitido (a linguagem). Mas a tática de humanização da marca (não de forma apelativa, mas trazendo um conteúdo responsável e interessante) e a criação de posts que instiguem a participação do usuários (engajamento gera histórias, que geram maior alcance no aspecto social da rede) são, no mínimo, alguns dos aspectos mais importantes da presença digital para o trabalho de engajamento orgânico – o que, geralmente, as pequenas empresas mais precisam ao adentrar na área.
- Use citações – citações inspiram e dialogam diretamente com o lado pessoal dos usuários do Facebook;
- Estimule a participação do público – isso mostra a intenção da marca em ouvir o que seus fãs têm a dizer;
- Posts curtos chamam mais atenção – não afugentam leitores com pressa e são mais lidos (podem ser potencializados com a ajuda de uma imagem em boa qualidade);
- Datas comemorativas importantes para o seu público – mesmo que as datas não tenham a ver diretamente com o seu negócio, é uma chance de divulgar a imagem que você deseja passar da sua marca;
- Bom humor e brincadeira sempre fazem bem – é um jeito de humanizar sua marca e ampliar admiração e o engajamento dos seus fãs;
- Proponha a participação do público em atividades criativas – as atividades acabam trazendo insights e pontos de vista que nem sempre sua empresa consegue atingir sozinha;
- Seus fãs querem comprar seu produto de maneira especial – as pessoas que seguem a sua marca gostam de ter acesso a ofertas especiais.
- Enquetes – crie perguntas para ouvir a opinião dos admiradores da sua marca sobre os mais variados temas (quanto mais interação, melhor).
- Invista em imagens cativantes – fotos originais, bonitas e divertidas chamam a atenção (abuse delas!).
- Publique vídeos – produzindo o seu próprio ou compartilhando o de outros, explore a oportunidade de engajar ou até viralizar por meio de pequenos filmes.
- Informe o seu público – informação e conhecimento agregam valor às pessoas e se traduzem em engajamento.
- Faça listas – enumere dicas, ideias, regras ou qualquer coisa que interesse o seu público. Fáceis de ler, listas e rankings são campeãs de compartilhamento.
- Pergunte – faça perguntas para conhecer suas opiniões, experiências e crenças.
Como expliquei, não é um material que alguém que já atua na área há anos pode usufruir – acredito que ele já tenha todos esses conceitos, práticas e inspirações na cabeça há um bom tempo para realizar o seu trabalho – no entanto, para quem está começando (seja como empreendedor, estudante, estagiário ou entusiasta), achei um conteúdo simples que, de maneira focada, apresenta vários pontos essenciais do trabalho nas mídias sociais. Embora seja uma área e um mercado relativamente novo, há pessoas que trabalham com isso há, pelo menos, 10 anos. Não acho correto – nem esperto – tentar entrar nesse meio sem se informar antes com pessoas (e equipes) que já têm experiência, que já podem apontar algumas diretrizes para onde seguir. E é isso que tento fazer aqui.