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Leituras da semana: mídia programática, os desafios e as mudanças das mídias sociais

Aqui estou eu, novamente atrasado com as leituras da semana – mas peço um desconto, afinal, foi fim de semana de Rock In Rio. Também confesso que acumulei algumas leituras durante a semana, mas prometo que vou me empenhar pra apagar todas as “não lidas” do Pocket até o final de novembro (tem muito texto lá, acredite). Em tempo, compartilho todos os artigos, matérias e notícias que pude ler nos últimos nove (!) dias. Desta vez, são poucas as novidades mas muitas as análises sobre diversos fatores. Ao aprendizado!


Dicas para quem quer entrar no mercado de mídias sociais – por Gabriel Ishida

Sempre que encontro algum texto que aborde o início da carreira de quem quer entrar no mercado de mídias sociais eu faço questão de colocar em primeiro na lista – afinal, não há mais quem se identifique com eles do que eu (a persona ideal). Nesse texto do mestre Ishida publicado em 2013, ele dá algumas dicas para quem, assim como eu, deseja começar na área – em suma: movimente-se. Por ora, recomendo também esse texto do Publicitários S.C., que fala sobre influenciadores mas há como tirar bons conselhos para por em prática.

Fazer mil cursos não é diferencial. Habilidades técnicas e teóricas são, mas só as que interessam para cada vaga. Como saber o que é diferencial ou não? Entendendo as funções da vaga. Mas antes disso, vou dizer por que fazer mil cursos não é diferencial. Não adianta nada você fazer todos os cursos do mundo se você não botou o conhecimento que adquiriu em prática. É muito fácil você fazer um curso, não ter absorvido nada, pegar o certificado e colocar no currículo. Ou seja, cursos só melhoram o currículo se você comprova que aplicou o que aprendeu.

Mídia programática, por onde começar? – do Publicitários S.C.

Depois de ler esse texto, sinto que finalmente compreendi como funciona (por cima) todo o processo de mídia programática. Já havia lido alguns artigos e matéria sobre, mas nenhum conseguiu explicar tão bem quanto este. O vídeo em si, da IAB UK, já é bastante didático, mas o autor destrinchou cada parte e explicou deixando tudo ainda mais claro.

Com a proporção que a web vem tomando, e sua maior fragmentação, esse processo de compra em isolado já não é mais eficiente como antes e suficiente para as novas demandas de mercado. Assim, começaram a surgir as ad networks (vamos falar mais disso ali embaixo), empresas que agrupam sites, tornando a compra de mídia mais eficiente. As ad networks facilitaram e facilitam o processo de compra de mídia, mas ainda assim o alcance delas é limitado ao volume e conteúdo dos sites que fazem parte da sua rede.


O desafio do HTML5 e do ad-block

Pegando carona nesse assunto de mídia programática, trago aqui dois textos que abordam uma novidade que já é realidade: o fim dos anúncios em flash e o uso consequente da criação por HTML5, além da questão do adblock. Já li algumas coisas que falam sobre isso de forma separada, mas queria algum material que abordasse tudo isso no impacto do mercado de mídia programática. Afinal, se o ad-block é uma realidade cada vez maior, até quando as agências e anunciantes vão continuar contratando publishers?


A segunda tela que subiu no ranking

Os últimos dois fins de semana foram de Rock In Rio, e um estudo feito pelo Scup durante o período do festival confirmou que o assunto mais comentado dentre os dados coletados foi o Multishow – canal responsável pela transmissão do evento. O mesmo estudo ainda levantou quais artistas geraram mais conteúdo e quais marcas levaram a melhor com as suas ações. Mas o que mais me chamou atenção mesmo foi o destaque do Multishow, por isso voltei ao assunto da segunda tela com mais dois artigos interessantes sobre o tema – tendo ainda como exemplo o Masterchef – para refletir sobre a importância da conversa real time e da atuação das marcas dentro dela. E ainda teve o final da novela.


Está na hora de começar a separar o “bom” engajamento do “ótimo” – na A2ad

Este post da agência paulistana A2ad me chamou a atenção porque traz um debate que eu achei bastante pertinente e interessante: o peso a ser considerado na hora de mensurar o engajamento. Mas o que me incomodou foi o uso do termo “passivo”, no conceito de Tracey Parsons, da Social Media Explorar. Concordo com o que foi dito sobre a importância do compartilhamento e seu valor que deve ser respeitado, mas chamar de “passiva” a ação de curtir um post me parece equivocado por dois motivos: 1) às vezes, as pessoas curtem por curtir; às vezes, as pessoas curtem “com vontade” (e ainda deixam um comentário) – não acho que seja uma ação que tem menos valor na interação usuário/consumidor-marca, mas talvez no papel de advocacia; 2) atrelar o termo de “passivos” a uma ação feita por usuários que ditam por onde e como navegam na web, a meu ver, é complicado. Mas vale o debate!

Se você cria algo tão interessante a ponto de fazer seus fãs pensarem que os amigos deles PRECISAM ver aquilo também, significa que sua marca tornou-se realmente relevante. E se aquele post acabou gerando uma enxurrada de compartilhamentos, tome nota e tente produzir mais conteúdos com o mesmo modelo – você pode estar começando a dar à sua audiência exatamente o que ela quer.


Guia de Profissões: Community Manager – no tutato, do trampos

Um ano atrás, ainda não estava claro pra mim como estavam estruturadas as equipes de mídias sociais dentro das agências ou das empresas. Hoje, com o advento do blog, já compreendo como se diferem as funções de cada profissional. Nesse post do trampos, eles falam sobre a função do Community Manager,

É o CM quem gerencia, planeja, acompanha as execuções e os resultados do trabalho em mídias sociais. Para isso, precisa analisar a marca, as concorrentes, construir o brand persona, brand voice da marca e os pilares de conteúdo. No cotidiano, vai sugerir conteúdos (às vezes produzi-los) de acordo com o tom e voz determinados no planejamento.


Redes sociais terão papel de convencer, mas também de difamar nas próximas eleições – no Estado de Minas

Esse texto não é de nenhum blog ou site sobre mídias sociais/marketing (político), mas é muito interessante porque explora um ponto-cego da mensuração no digital: o Whatsapp. Quem não lembra dos vídeos, notícias e rumores propagados nas eleições de 2014 tanto sobre Dilma quanto sobre Aécio?

Enquanto o Facebook será usado nas campanhas municipais do ano que vem para promover a interação do candidato com os eleitores, debater, “convencer”, mobilizar e apresentar as plataformas políticas, o WhatsApp será muito empregado numa espécie de campanha “subterrânea”, para ataques aos adversários em vídeos, charges e textos. Essa plataforma também vai veicular mensagens “olho no olho” do candidato aos seus eleitores-participantes, que se encarregam de reproduzi-las em seus múltiplos grupos no WhatsApp, além de seu uso burocrático para a organização interna das campanhas, coordenação de apoiadores e de tarefas.


Portrait is the new square on Instagram – The Verge

Nos últimos meses, o Instagram anunciou algumas mudanças importantes na sua plataforma. A possibilidade de postar fotos no estilo paisagem e retrato é uma das novidades recentes do app, que dispensou o uso de outros aplicativos para conduzir esse estilo. Nesse texto, o autor explica o que talvez parece óbvio para muitos (e o que, talvez, poderia ser comprovado olhando as métricas): por que as fotos “grandes” funcionam melhor.

Portrait works on Instagram for the same reason that people enjoy seeing it in their phone’s camera roll — simply because it’s big. The effect is particularly dramatic on Instagram, because portrait photos appear in the same vertical line as skinny landscape shots. As you browse your feed, suddenly a huge image will begin to fill almost the entire screen. In many cases, it can make a photo far more awe-inspiring than a similar shot placed in any other crop. It’s gotten to the point where I’m getting upset when some photos aren’t posted in portrait.


10 anos de Facebook, um ponto obrigatório de passagem – por Tarcízio Silva

Nas últimas semanas o Facebook têm sofrido algumas instabilidades, chegando a ficar fora do ar por mais de meia hora em todo o mundo. Esse artigo pode dar uma noção do que isso significa. Mas aqui eu recomendo o texto do Tarcízio, escrito ainda no começo de 2014, sobre a hegemonia do Facebook quando se trata da conversa na internet. E é um assunto bem interessante que merece ser debatido, mas que passa despercebido na maioria das vezes. O problema não está em ser dependente da internet (a meu ver, a internet é apenas uma plataforma de conectar as pessoas – e esse instinto de interagir é intrínseco à natureza humana), mas ter uma ferramenta hegemônica para se fazer isso, ditando as regras conforme deseja. #TeamTwitter

Os aplicativos sociais, como o mercado de social games que movimentou alguns bilhões nos últimos anos, o newsfeed e sua circulação de informações baseadas em fluxo, os logins sociais e os botões likes trouxeram facilidades para usuários, desenvolvedores, jornalistas, gerentes de marketing e comércio eletrônico e até ativistas políticos. A facilidade construída pelo volume de dados e sua circulação pelos servidores do Facebook seduz os mais diferentes atores sociais: agir, expressar-se, conversar e vender não só são facilitados através do Facebook, como também suas manifestações neste site tornam-se quase que obrigatórias. Para muitos, a rede praticamente engoliu a web, tornando-se sinônimo desta. É uma espécie de simbiose fomentada pelo site de rede social, para seu próprio benefício.


“Inside Out” and social media listening? The role of emotions in identifying personas – por Tarcízio Silva

E pra fechar com chave de ouro, outro texto do Tarcízio. Segue aquela linha da importância de cruzar o trabalho das mídias sociais com outras áreas de educação – nesse caso, com psicologia. (Não consegui encontrar a versão em português, embora tenha quase certeza que ela foi feita na época de exibição do filme no Brasil, por isso compartilho a versão em inglês).

The emotions in the Pixar movie are very similar to the emotions proposed by the psychologist Paul Ekman in his book Emotions Revealed. Ekman not only proposes a consistent classifying scheme for emotions, but also how human beings express and perceive emotions, even through using visual and expressive references and examples. But, besides facial expressions and gestures, people give away emoti0ns in explicity or implicity way in their texts, opinions and comments. There is several methodologies to identify semantically loaded word, lemmas and phrases on texts.

Leituras da semana: o Masterchef, o Twitter, a empatia do Facebook e estudos de audiência

Com um pouco de atraso, divulgo mais uma vez as leituras da semana (passada). Novamente vários textos ricos e bem elaborados a minha atenção, além de novidades que reverberaram em diversos portais e blogs com análises densas ou simplesmente pontuais. Por exemplo, na semana passada, o assunto que todos comentavam (profissionais de Social Media e usuários do Twitter) era o Masterchef. Mas o Facebook também apresentou algumas novidades, a conferir.


Masterchef e o Twitter

Já está todo mundo sabendo: o reality-show transmitido às terças-feiras na Band foi um sucesso absoluto – não exatamente de audiência, mas de engajamento com o público através da segunda tela. É o tipo de case que vai servir para palestras por muitos anos pela frente, porque toda a estratégia pensada pela emissora em parceria com a empresa foi um sucesso bem pensado. Abaixo, selecionei alguns textos (e infográficos) que dissertam sobre a popularidade do programa e o papel da conversa em tempo real para alavancar a audiência:


O “não curtir” do Facebook

Outro que assunto que rendeu muita conversa e debate na semana passada foi o anúncio de Mark Zuckerberg durante uma transmissão ao vivo que apresentava uma das novas ferramentas do Facebook (livestreaming), quando falou sobre um possível botão “não curtir” para a plataforma. Os veículos de comunicação tradicionais foram rápidos a reportar a novidade, mas alguns blogs e canais de nicho compreenderam rapidamente que não era um botão dislike, mas um botão de empatia. Ainda há muito o que debater sobre essa novidade (que ainda nem foi apresentada), mas alguns textos interessantes já foram publicados:


Automação de marketing

Voltando à programação normal (mas nem tanto assim), a agência gaúcha Global AD, através de textos da Camila Benvegnu, fez uma série de posts durante a semana sobre processos de automação de marketing. São três textos curtos porém ricos e bastante explicativos, que falam um pouco sobre a jornada do cliente, o funil de vendas, geração de leads e mais um pouco.


Como descobrir: em quais horários as pessoas mais falam sobre minha marca (e concorrentes)? – no Social Figures

Quem começa no mercado de mídias sociais ouve muito falar sobre “os melhores horários para postar das redes sociais”, deparando-se com estudos, infográficos e mais que apresentam que horas se deve postar para ter o melhor desempenho. Nesse texto, são apresentados apenas três gráficos que quebram com essa ideia de horário nobre das redes sociais, argumentando que cada empresa deve analisar seu público e apresentando possibilidades de como tirar proveito desse conhecimento.

Não existe “horário nobre” nas mídias sociais. Claro que temos horários em que há um maior número de pessoas conectadas de modo geral, mas o diferencial das mídias sociais é que cada empresa pode analisar seu público de forma ultra-segmentada. Isto também vale para comportamentos relacionados a horários de uso, reclamações, comportamentos etc.


O papel das mídias sociais em pesquisas de mercado – por Gabriel Ishida, no Midializado

Nesse texto do mestre Ishida, ele mostra alguma das possibilidades de análise qualitativa e quantitativa do monitoramento de mídias sociais. São alguns dos aprendizados de anos de mercado e experiência com a área de pesquisa para negócios.

Primeiramente, notei que a principal função é mais qualitativa do que quantitativa, ou seja, as mídias sociais ajudam mais na exploração ou validação de hipóteses. Bom lembrar que o papel da pesquisa offline (entrevistas em profundidade, exploração em campo, grupos de foco, etc.) ainda é bastante importante para a área, mas as mídias sociais são outras importantes fontes de dados.


Facebook and Twitter User Behavior Changes: New Research – no Social Media Examiner

Nesse estudo da SME, eles mostram que os usuários das redes sociais estão usando as plataformas não apenas para se conectarem com amigos e família, mas também – principalmente para descobrir notícias. Algumas conclusões são já esperadas, mas é sempre rico ter o embasamento de dados para se argumentar sobre as mídias sociais.

1. Mais pessoas acham notícias no Facebook e Twitter

2. Twitter é a plataforma a seguir para plantão de notícias

3. Facebook é a fonte nº 1 de notícias para millennials

4. Repórteres contam com o Facebook e Twitter para visibilidade

5. Facebook e Twitter estão trabalhando em projetos relacionados a notícias


Como o design pode impulsionar publicações nas mídias sociais – da A2ad

Na semana passada eu divulguei aqui no blog uma matéria da Shutterstock mostrando como o uso responsável do design pode ajudar no planejamento e criação para as mídias sociais. Nesta semana, a agência paulistana A2ad fez um post semelhante e complementar, dando algumas dicas estratégicas para o design nas redes.

Com mais de duas bilhões de pessoas ativas nas redes sociais a cada dia, melhorar a forma como você usa elementos visuais é uma maneira eficiente de atrair novos clientes para o seu negócio. Lembre-se de sempre usar fontes e cores consistentes com sua marca e certifique-se que seu público irá reconhecê-lo imediatamente.


A explosão do conteúdo digital – no ProXXima

O marketing de conteúdo é uma performance que deve, ao passar dos anos, estar cada vez mais frequente nas atuações das empresas e agências em mídias sociais. Nesse texto, a diretora do Lomadee ratifica a importância da estratégia em prol do conteúdo para atrair clientes qualificados.

É preciso dar aos internautas motivos para comprarem os produtos das marcas. Para o comércio, o boca a boca, a credibilidade e a visibilidade são essenciais para o aumento de vendas. O conteúdo em blogs – seja via posts, reviews, vídeos ou podcasts – é a chave para aumentar o tráfego dessas marcas, além de ajudar a aumentar essas vendas graças à credibilidade do blogueiro.


Privacidade: uma bela oportunidade – por Patrícia Garrido, no IAB Brasil

O conteúdo desse artigo é menos assustador do que o título nos faz imaginar. Nele, a gerente de pesquisa de mercado da Microsoft explica como a mídia programática e uma boa estratégia no funil de vendas/jornada do consumidor pode trazer um fruto positivo tanto para as marcas quanto para os consumidores.

O digital como plataforma permite considerar o contexto de vida, interesse e interação do consumidor. Essa riqueza de entendimento significa possibilidade de maior pertinência no contato, mas também a possibilidade de estabelecer uma relacão mais respeitosa com benefício notório e moeda de troca. Por exemplo: eu não quero ser “perseguida” pela comunicação de uma marca com a qual não tenho afinidade. Isso parece invasão. Porém a situação é diferente se eu estou em um momento de entretenimento online e uma marca com a qual eu já me “relaciono”, me reconhece e oferece uma experiência diferenciada. Pode ser um conteúdo, serviço, uma recomendação ou mesmo oferta alinhada com meu perfil. Essa experiência parece bem menos invasiva e, aliás, tem grandes chances de ser positiva e se tornar parte de uma conversa, um comentário que pode acontecer no próprio ambiente digital ou não, mas que ainda assim pode influenciar outras pessoas.

Como se tornar um especialista em marketing digital; confira dicas de 3 profissionais – no Blog Mídia 8!

Por fim, esse artigo com Dennis Altermman (fundador e editor do blog Midiatismo), Edney Souza (curador no Social Media Week SP) e Felipe Spina (professor na Internet Innovation), no qual esses três profissionais de marketing digital apontam algumas dicas para se especializar na área.

InterNey: aprenda com quem já errou muito e entenda que não existem fórmulas, algo que deu muito certo para uma empresa pode dar muito errado para você e vice-versa. Entenda o contexto em que seu cliente se encontra e veja quais suas opções com os recursos disponíveis, aprenda a avaliar o custo benefício de cada opção e tome as decisões junto com eles. Mídias sociais ainda carecem de benchmarks e é difícil dizer que algo deu certo ou errado olhando do lado de fora, o verdadeiro impacto dos negócios são nas vendas, lembre-se disso.