Tag: computação visual

Dois artigos, um relatório e um poster: novos trabalhos publicados

Tela do relatório lançado com exclusividade pelo IBPAD

O ano passado foi um ano de muitas conquistas para mim. Principalmente aqui no blog, realizei e produzi muitas coisas legais das quais me orgulho bastante. O difícil, entretanto, é ter que lidar com “a queda” quando chegamos no topo. Não que eu tenha chegado no topo (longe disso), mas é inevitável comparar o que você já realizou com o que tem realizado atualmente. Por isso, em alguns momentos deste ano, fiquei frustrado com a baixa produtiva que tive no blog em 2018 – principalmente depois de um ano cheio como foi 2017. No entanto, mais recentemente, parei para refletir um pouco e percebi que a minha produção não diminuiu – só foi diluída em diferentes áreas da minha vida.

Este post, portanto, é somente para elencar e apresentar algumas produções que tive a sorte de fazer parte nos últimos meses – principalmente graças ao meu trabalho no IBPAD. Algumas participações mais incisivas, outras mais discretas, mas em todos esses projetos colaborei de alguma forma. Como o título já anuncia: são dois artigos, um relatório e um poster (acadêmico) nos quais utilizamos de diferentes métodos e metodologias de pesquisa – todos voltados ou a base de dados digitais – para análise. Quanto aos temas, bastante diversos: influenciadores de viagens no Facebook, comportamento de brasileiros de férias no Instagram, discursos de ódio na internet e os pré-candidatos à Presidência no Instagram.

Usando computação visual para analisar influenciadores de viagem no Facebook (Poster Acadêmico)

No IBPAD temos realizado vários trabalhos legais com computação visual e inteligência virtual. Este poster apresentado no IX Pró-Pesq PP – Encontro Nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda da USP foi resultado de um dos nossos trabalhos (mais denso, obviamente) utilizando esses métodos. Nele, eu e Tiago Menezes explicamos brevemente como técnicas de computação visual podem ser aplicadas para averiguar adequação de linguagem e conteúdo de um influenciador para com as marcas. Sublinhamos sobretudo, além da análise em si, a crescente de dados e aparato imagético disponíveis aos montes nas mídias sociais. Nesse contexto, a aplicação de técnicas e programas/scripts de computação visual e inteligência artificial são aliados cada vez mais importantes.

Visão Computacional nas Mídias Sociais: estudando imagens de #Férias no Instagram (Artigo Acadêmico)

Para uma explicação mais detalhada da metodologia que temos aplicado no IBPAD, esse artigo que submetemos para o ABCiber Nordeste traz tudo bem detalhadinho. Foi fruto de outra experiência nossa, o relatório Análise Automatizada de Imagens em Mídias Sociais: utilizando inteligência artificial para gerar novos insights em análise de imagens, no qual analisamos mais de 12.000 imagens com a hashtag #férias no Instagram para identificarmos padrões de comportamento, preferências culturais, momentos de consumo (oportunidade para marcas), etc. Fiquei muitíssimo feliz de ter colaborado em ambas as produções – e principalmente poder contabilizar, agora, duas entradas no Lattes (#projetomestrado2019).

Discursos de ódio na internet: uma análise sobre a marginalidade dos corpos negros (Artigo Acadêmico)

Nesse artigo, Huri Paz e eu analisamos os mais de 3.000 comentários de uma notícia do G1 sobre um caso de barbárie contra um adolescente negro na Zona Sul do Rio de Janeiro. A fundamentação teórica debate como a construção histórica, cultural e social do Brasil tornou possível os discursos encontrados nos comentários. Colaborei com a metodologia e análise: utilizei o WORDij para produzir uma rede semântica que identificou sete clusters discursivos predominantes nos milhares de comentários. Foi a primeira vez que utilizei a ferramenta academicamente e obtive resultados bem interessantes. Já rendeu aulas para os cursos do IBPAD e pretendo levá-la também para o meu projeto de mestrado sobre Nordeste/nordestinos.

EM BUSCA DO MELHOR ÂNGULO: A imagem dos presidenciáveis no Instagram – uma análise quanti-qualitativa com inteligência artificial (Relatório)

Por fim, e para não reclamarem que estou muito acadêmico, o relatório que deu o que falar: saiu no Congresso em Foco, Gazeta do Estado, Folha da Cidade e em vários outros sites/portais que replicaram a notícia. Nem eu sabia da proporção que iria tomar. Do início ao fim, foi um projeto bem legal: utilizei uma ferramenta de scraping em Python para coletar os dados dos pré-candidatos no Instagram, apliquei as técnicas de computação visual já citadas nos outros trabalhos, cruzei dados qualitativos com resultados quantitativos e mais um pouco. Fiquei realmente muito satisfeito com o produto final. Assim como os outros, se tudo der certo, esse também vira artigo!

Por enquanto, é só. Obviamente tenho mais algumas ideias borbulhando, porém tenho tentado me manter são e direcionar meus esforços (para além do trabalho 8h/dia) ao projeto de mestrado. Continuo aberto, entretanto, a convites para artigos e outros projetos quaisquer no qual eu possa ser útil com metodologia/coleta/análise de dados. Para fechar, compartilho aqui os slides da palestra que ministrei II Simpósio Regional Consumo em Foco da UNISUAM no final de maio (assista na íntegra a minha participação a partir de 1:06:00 neste link):