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Social Analytics Summit 2016: o evento segundo o Twitter (e o Slideshare)

Aconteceu em São Paulo nos dias 25 e 26 de novembro o Social Analytics Summit 2016, realizado pela Media Education. Com a curadoria de Gabriel Ishida e Vinícius Ghise, a quinta edição do evento reuniu centenas de profissionais dos mais diferentes cargos e funções de trabalho em dois dias recheados de palestras interdisciplinares sobre como trabalhar de forma inteligente com dados na/da internet. Este ano, pela primeira vez, tive a oportunidade de estar presente na Faculdade Cásper Líbero para acompanhar tanto o workshop, na sexta-feira, quanto o evento, no sábado.

No entanto, como reitero desde o início do blog, embora os cursos e eventos aconteçam na rua (geralmente em São Paulo), muito do que se produz ali também chega de alguma forma à internet. Portanto, para ajudar aqueles que por quaisquer motivos não puderam (ou não quiseram) presenciar o SAS 2016, relato aqui o que rolou no evento de acordo com o Twitter. Para ajudar a estruturar a narrativa, conto também com o perfil da Media Education no Slideshare – que merece todos os elogios por sempre disponibilizarem os materiais de seus diversos eventos gratuitamente para quem tiver interesse em aprender. Antes, um adendo: infelizmente eles só divulgarão as apresentações daqui a alguns dias, ou seja, por ora, teremos apenas o Twitter para nos guiar.

Na sexta-feira, 25, aconteceu o workshop com palestras de Eduardo Faria (Pesquisas com dados digitais), Vinícius Ghise (Transformando dados em planejamento), Gustavo Pereira (Planejamento e resultados de mídia) e Beatriz Blanco (Data visualization). Como o público era bem menor e o caráter das palestras mais “educativo”, infelizmente não tivemos produção de tweets suficientes para contar como foi o dia. Ou seja, atualizo o post assim que as apresentações no Slideshare forem disponibilizadas para acrescentar mais conteúdo e contar o que rolou no workshop. Partimos, portanto, para sábado, dia do evento, com palestras sobre influenciadores, dashboards, big data, pesquisa, gestão de crise e estratégia.

Alguns slides do workshop já estão disponíveis:

A primeira palestra, “Dashboards e inteligência em tempo real”, foi comandada por Ingrid Pino com algumas intervenções de Leonardo Naressi, ambos da dp6. Ela falou sobre o assunto em três aspectos: 1) a diferença entre medir em tempo real e agir em tempo real; 2) quais dados entregar em um dashboard para inteligência em real-time; 2) como comunicar os dados para melhorar as ações. Ou seja, quando falamos de “real-time“, precisamos tratar de três pilares básicos: para que medir (objetivos práticos), o que medir (método) e como apresentar (data viz). Ou seja, é preciso que tudo esteja muito bem alinhado e estruturado porque é tudo muito rápido. Nas palavras dos próprios: “Planeje o que vai medir, prepare-se para agir e esteja aberto para improvisar”.

Embora a expressão “marketing real-time” tenha se popularizado pela adoção de uma estratégia de guerrilha de grandes empresas, como Coca-Cola, eles mostraram que essa prática não é tão “ostentiva” assim. Tendo um guia de conduta bem planejado e responsável, algumas ferramentas de criação de dashboards possuem uma taxa razoavelmente barata para implementar o necessário desse tipo de atuação, que pode ser útil para empresas de médio porte que estão bem imersas no universo digital (como e-commerces, por exemplo) – e não apenas para gestão de crises, mas também para criação de oportunidades. Felizmente o Slideshare já está disponível para quem tiver interesse:

Em seguida, foi a vez de Maira Berutti (MC15), Gabriel Ishida (Atlas Media Lab) e Leandro Bravo (Celebrity’s) assumirem o palco para um debate riquíssimo e muito importante: influenciadores trazem resultado? Berutti trouxe sua visão enquanto pesquisadora, Ishida pôde contribuir através da experiência com grandes marcas e estudos recentes sobre o assunto, e Bravo colaborou com uma visão de quem faz casting de produtores de conteúdo. Dividi algumas questões que foram abordadas em tópicos:

Como justificar o investimento em influenciadores?

Essa é uma questão que acho importante fazer um recorte. Na minha percepção, grandes empresas já compreenderam a importância (e contribuição) de se trabalhar com influenciadores digitais – o que deve ter sido relativamente fácil, já que a publicidade historicamente usa de celebridades há décadas para promover uma marca ou um produto. Ou seja, já não se precisa mais argumentar tanto assim com marcas como Coca-Cola, Skol, McDonald’s, Vivo, etc. quanto ao uso de influenciadores, principalmente quando o público que querem atingir é mais jovem. Entretanto, quando se trata de marcas menores ou de pequenas e médias empresas, a pergunta fica mais apropriada.

E aí a questão fica mais adequada: como justificar o investimento em influenciadores para marcas menores, pequenas e médias empresas? A resposta parece simples, mas a execução é bem mais desafiadora: educando o cliente. Acredito que uma falha seja a decisão de trabalhar com influenciadores antes de ter definido qual é o objetivo estratégico de comunicação da marca/empresa. O influenciador precisa vir como “ferramenta” ou “plataforma” para endossar a mensagem que se quer passar – e, neste caso, vale citar McLuhan para argumentar que o meio também é mensagem. Tendo os objetivos em mente, é possível argumentar com os clientes como e por qual motivo aquele influenciador pode ser um recurso para aquele esforço comunicacional: para ajudar na argumentação, vale embasar a fala na pesquisa da Traackr que listou os “tipos” de influenciadores.

Ao mesmo tempo em que o objetivo é definido e pensa-se num influenciador para uma ação ou uma campanha, é importante discutir também quais são os valores acionados por aquela pessoa e como esses aspectos simbólicos podem beneficiar ou destratar a imagem da empresa. Para selecionar com inteligência e responsabilidade o influenciador (seja ele youtuber, ex-viner, famoso do Snapchat ou Instagram, blogueiro, ou simplesmente um fã influente na sua comunidade de consumidores), é preciso analisar tanto os números (o que em termos de mensuração a pessoa pode entregar) quanto o histórico, valores simbólicos/culturais do indivíduo. Talvez o termo mais apropriado para discutir sobre a escolha de influenciadores não seja influência, mas relevância – e isso é sempre relativo, depende de referenciais distintos.

Se o tempo permitisse, o debate sobre influenciadores com certeza durariam alguns dias. Para quem tiver mais interesse no assunto, recomendo o capítulo escrito por Gabriel Ishida para o novo livro do IBPAD, “Monitoramento e Pesquisa em Mídias Sociais: metodologias, aplicações e inovações”, onde ele compilou descobertas de estudos que têm feito sobre a significância de influência e relevância nas mídias sociais. Para uma perspectiva mais acadêmica, conheci recentemente o trabalho de Crystal Abidin, que estuda sobre influenciadores, blogueiras e webcelebridades no Oeste da Ásia. Considero um assunto de tremenda importância e que precisa ser debatido com mais seriedade e responsabilidade, indo além das falácias e celebrações mercadológicas que vemos por aí.

A penúltima palestra da manhã, “Dados para quê mesmo?”, foi ministrada por Willian Zanette, da F/Nazca Saatchi. Ele falou sobre o uso de dados para embasar decisões estratégicas e gerar resultados valiosos. Sua fala foi bastante inspiradora para aqueles que trabalham com métricas e indicadores digitais em geral, argumentando que os profissionais data-driven já não são mais trunfos para as empresas, mas essenciais ao mercado. Por outro lado, ele também fez colocações importantes sobre a “generalização apressada” de dados como verdades absolutas, o que serve para refletir as limitações que o digital também apresenta. Em resumo, uma frase da apresentação que explica bem sua fala: “Pensamento integrado com inteligência de dados orientado para resultados”.

A palestra da Polis Consulting, patrocinadora do evento, “Identificação de influenciadores: como os dados podem te ajudar?” fechou o turno da manhã. Eles mostraram alguns dos trabalhos que têm desenvolvido na pesquisa e monitoramento de mídias sociais. apresentando também algumas aplicações para o famoso Facebook Topic Data. Um adendo cômico: como o horário do almoço estava próximo, a produção de tweets caiu bastante – mas, mesmo sendo breve, a apresentação foi bem interessante, principalmente no quesito de visualização de dados. Espero que disponibilizem em breve o Slideshare (e atualizo aqui quando isso acontecer).

Retornando do almoço, tivemos o resultado da pesquisa “O profissional de inteligência de mídias sociais no Brasil” apresentada por Ana Claudia Zandavalle, que visa gerar informação estratégica para o mercado. Em sua sexta edição, a pesquisa, que já foi comandada por Tarcício Silva e Júnior Siri, teve seu número mais alto de respondentes (386), com representantes de 24 dos 26 estados brasileiros. Os resultados apresentam informações sobre demografia, formação e estudos, ferramentas e conhecimento na área, campo de trabalho, fontes de informação e referências. Para quem tiver interesse, vale também dar uma olhada no capítulo homônimo do novo livro do IBPAD, que conta com descrições mais detalhadas sobre a pesquisa e seus dados evolutivos.

Pretendo me aprofundar mais na pesquisa quando fizer um post (ainda este ano) sobre produzir conteúdo para a internet. Preciso, entretanto, utilizar este breve espaço para agradecer a você – leitor – que, ao responder a pesquisa, recomendou este blog como um dos principais blogs/portais de referência. Com pouco mais de 1 ano de blog, já colhi frutos extraordinários de aprendizados (para quem não sabe, consegui meu atual estágio graças ao blog) e de vivências que a vida me proporcionou ao conhecer pessoas e profissionais incríveis em quem me espelho fielmente para traçar minha jornada profissional. Aos interessados, a boa notícia é que o Slideshare da pesquisa já está disponível tanto no perfil do Media Education quanto no perfil da Ana Claudia, que você confere logo abaixo:

Em seguida, foi a vez de Fabiane Nardon, da Tail Target, para falar sobre “O verdadeiro big data: possibilidades e desafios”. Esta foi sem dúvida uma das melhores – se não, a melhor – palestras de todo o Social Analytics Summit 2016. Além do conteúdo ter sido extraordinário (crédito para Fabiane), foi uma apresentação muito importante para o mercado no momento em que “big data” já foi (des)conceitualizado de várias formas. Ela apresentou como tem sido feito o trabalho com big data no Brasil e no exterior, apresentando possibilidades de atuação para o mercado digital e para onde o futuro aponta. Vale mencionar também seu alerta sobre o uso automatizado irresponsável dos dados, que reproduzem os preconceitos dos próprios indivíduos (no caso, aqueles que programam as máquinas).

Outra pesquisa incrível foi a “Dados para pesquisas sociais”, de Débora Zanini (Ovilgy). Mais do que uma palestra, foi uma verdadeiro aulão: ela quis mostrar ao público que é possível fazer pesquisas de âmbito sociais, políticas e culturais nas mídias sociais (desde que fique ciente suas proporções e limitações), ou, nas palavras de Richard Rogers: “A questão não é mais saber o quando da sociedade e da cultura está online, mas sim como diagnosticar mudanças culturais e condições da sociedade através da internet”. Para quem tiver interesse, escrevi um pouco sobre isso no curso que fiz no IBPAD sobre Etnografia para Mídias Sociais e na resenha que publiquei sobre o livro “Etnografia e consumo midiático: novas tendências e desafios metodológicos” – especialmente no capítulo de Christine Hine, citada na apresentação (sobre os 3 “e”s da internet).

Confira a apresentação:

Ela apresentou resumidamente um pouco da metodologia para realizar pesquisa sócio-político-cultural nas mídias sociais, tendo em visto as plataformas, os contextos sociais e os usuários e suas reapropriações. Também indicou diversas ferramentas acadêmicas para essa finalidade, como a Netvizz e a Netlytic. Destaco também o exemplo que trouxe para o evento, o relatório “The iconic image on social media”, realizado pelo grupo de pesquisa Visual Social Media Lab sobre a imagem do menino sírio que mudou o debate sobre imigração. Foi talvez a palestra mais rica em conteúdo, com assunto que poderia se desdobrar em muito mais conhecimento. Para nossa sorte, isso já aconteceu: recomendo o capítulo de sua autoria para o livro do IBPAD e o curso (que já fiz!) “Etnografia para mídias sociais”, que em breve terá sua modalidade online.

Por fim, como os tweets acima indicam, a última palestra foi sobre “Um novo patamar na gestão de crise”, por Willian Rocha. Ele apresentou um framework bem interessante para a utilização de práticas de monitoramento e métricas na gestão de crise (e de risco). Foi uma apresentação bem rápida, principalmente devido ao tempo curto que lhe restara, mas o conteúdo foi bem útil para aqueles que trabalham com Community Management e SAC 2.0/Relacionamento nas mídias sociais. Infelizmente o Slideshare ainda não está disponível, mas, assim que estiver, atualizo o post com o conteúdo.

Em suma, posso dizer que foi um grande evento. Destaco principalmente as palestras das mulheres, que tiveram falas bastante focadas e ricas em conteúdo, sem dar muitas voltas sobre o que tinham a falar. Não há críticas a se fazer sobre o local do evento, mas acho que seria interessante pensar um modo de aumentar ainda mais o networking dos profissionais atendentes. Talvez fosse legal programar algumas mesas de debates mais abertas e horizontais, com alguns mediadores que estimulassem a participação do público em geral. No mais, parabéns a Gabriel Ishida e Vinícius Ghise pela curadoria, e à Media Education pelo evento – até 2017!

FutureLearn: 10 cursos para profissionais de monitoramento e métricas com inscrições abertas

“Quanto custa um bom curso de mídias sociais?” é uma pergunta frequente nos grupos sobre social media do Facebook. De alguns anos pra cá, vários cursos têm se consolidado no mercado enquanto referências para profissionais começando ou buscando capacitação em diferentes campos de mídias sociais – destaco aqui o Quero Ser Social Media e o Atlas Media Lab, além do novato IBPAD – e isso é ótimo para a nossa área. No entanto, embora o mapeamento que eu tenha feito no Estudando Social Media tenha resultado em ótimas experiências enquanto aluno, posso dizer que há boas oportunidades também para aqueles que não conseguem desembolsar tanta grana para cursos livres sobre monitoramento, data intelligence, etc. – ou para quem simplesmente deseja expandir seus conhecimentos.

No primeiro post que fiz sobre o também primeiro curso que estou fazendo no FutureLearn, contei um pouco sobre o site: trata-se de uma plataforma de MOOCs (Massive Open Online Course), um ambiente virtual de educação à distância que oferece diversos cursos gratuitos para pessoas de todos os níveis de graduação. As aulas são liberadas semanalmente e os alunos podem concluir os estudos no seu tempo – a única implicação (além de perder a discussão com os colegas) é que aqueles que desejam fazer a inscrição têm apenas até a última semana “oficial” a partir do início do curso para que assim a faça. Portanto, para ninguém perder boa oportunidades, separei alguns cursos sobre big data, data analysis, social media e marketing digital que achei que poderiam ser úteis para profissionais de monitoramento e métricas – mas também para quem trabalha com social media de uma maneira geral.

Embora não tenha realizado nenhum dos cursos abaixo, tenho algumas considerações (e indicações mais veementes) a fazer: 1) os três primeiros cursos fazem parte do programa Big Data Analytics da Queensland University of Technology (QUT), mesma universidade que ofereceu o curso de Social Media Analytics que estou fazendo; 2) o curso de linguística de corpus é altamente recomendado pelo Tarcízio Silva; 3) por fim, é a terceira turma do curso da UCL com Daniel Miller e cia. sobre antropologia da social media este ano, provavelmente a última – vamos todos fazer juntos?. Vale ratificar que há diferentes níveis de aprendizado e conhecimento antes mesmo de começar cada um dos cursos – os seis primeiros, por exemplo, exigem do aluno um repertório maior e mais aprofundado sobre estatística, programação, etc. – mas tem para todos os gostos!

  • Big Data: Statistical Inference and Machine Learning
  • QUEENSLAND UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
  • Data de início: 5 de setembro de 2016
  • Resumo: “Everyone has heard of big data. Many people have big data. But only some people know what to do with big data when they have it. So what’s the problem? Well, the big problem is that the data is big—the size, complexity and diversity of datasets increases every day. This means that we need new technological or methodological solutions for analysing data. There is a great demand for people with the skills and know-how to do big data analytics.”
  • Big Data: Mathematical Modelling
  • QUEENSLAND UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
  • Data de início: 5 de setembro de 2016
  • Resumo: “Have you ever wondered how mathematics can be used to solve big data problems? This course will show you how. Mathematics is everywhere, and with the rise of big data it becomes a useful tool when extracting information and analysing large datasets.”
  • Big Data: Data Visualisation
  • QUEENSLAND UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
  • Data de início: 31 de outubro de 2016
  • Resumo: “Data visualisation is an important visual method for effective communication and analysing large datasets. Through data visualisations we are able to draw conclusions from data that sometimes are not immediately obvious, and interact with the data in an entirely different way.”
  • BÔNUSBig Data: from Data to Decisions – última semana para se inscrever!
  • Data Tells a Story: Reading Data in the Social Sciences and Humanities
  • LOUGHBOROUGH UNIVERSITY
  • Data de início: 5 de setembro
  • Resumo: “Over the past years, more and more people have turned to data for help. Huge amounts of data are collected every day from millions of sources. This data has a lot to tell us! But data by itself is mute—it can only help us if we learn to make it speak and tell its story. In this short free online course, we will introduce basic ideas about collecting data, and techniques for turning data into information we can use.”
  • Data to Insight: an Introduction to Data Analysis
  • UNIVERSITY OF AUCKLAND
  • Data de início: 3 de outubro de 2016
  • Descrição: “The course focuses on data exploration and discovery, showing you what to look for in statistical data, however large it may be. We’ll also teach you some of the limitations of data and what you can do to avoid being misled. We use data visualisations designed to teach you these skills quickly, and introduce you to the basic concepts you need to start understanding our world through data.”
  • Learn to Code for Data Analysis
  • OPEN UNIVERSITY
  • Data de início: 10 de outubro de 2016
  • Descrição: “This hands-on course will teach you how to write your own computer programs, one line of code at a time. You’ll learn how to access open data, clean it and analyse it and to produce visualisations. You will also learn how to write up and share your analyses, privately or publicly.”
  • Corpus Linguistics: Method, Analysis, Interpretation
  • LANCASTER UNIVERSITY
  • Data de início: 26 de setembro
  • Resumo: “The course aims to: equip those taking the course with skills necessary for collecting and analysing large digital collections of text (corpora); provide educational support for those who want to use the corpus method; demonstrate the use of corpus linguistics in the humanities, especially History; give a sense of the incredibly wide uses that corpora have been put to; allow those with an interest in language, who have not heard of the corpus approach before, a new way of looking at language; demonstrate that corpus approaches to social science can offer valuable insight into social reality by investigating the use and manipulation of language in society.”
  • Why We Post: the Anthropology of Social Media
  • UCL (UNIVERSITY COLLEGE LONDON)
  • Data de início: 31 de outubro de 2016
  • Descrição: “This free online course is based on the work of nine anthropologists who each spent 15 months in fieldsites in Brazil, Chile, industrial and rural China, England, India, Italy, Trinidad and Turkey.”
  • Digital Marketing: Challenges and Insights
  • UNIVERSITY OF SOUTHAMPTON
  • Data de início: 17 de outubro de 2016
  • Descrição: “This short course introduces you to exciting new concepts and applications of digital marketing. It takes an informal “story telling” approach, encouraging you to share your own stories as consumers and/or marketers for the benefit of the learner group as a whole.”
  • Online Business: Digital Marketing for Success
  • RMIT UNIVERSITY
  • Data de início: 21 de novembro de 2016
  • Descrição: “This free online course will introduce you to the rapidly evolving world of digital marketing and the role it plays in driving awareness and sales for online businesses. We will go on a customer journey together, to discover how people use digital to search, engage, review and buy.”